quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Mercado de Campo de Ourique

Uma tapa e meia dúzia de pêssegos...

Finalmente a ansiada abertura do renovado Mercado de Campo de Ourique!

Esta renovação promete trazer nova vida ao mercado, contando agora com 16 tasquinhas que vivem lado a lado com as tradicionais bancas da praça. O horário foi alargado para trazer até nós o belo hábito da tapa ao final da tarde ou mesmo jantar...tudo até às 23h à semana ou 1h aos fins-de-semana.

Adoro mercados. Adoro a mistura de cores, cheiros e sabores. Adoro a familiaridade no trato e a história por trás de cada laranja ou pêssego. Foi assim, a comprar meia dúzia de pêssegos, que a simpática senhora da banca da fruta me explicou que a abertura do mercado estava atrasada, e que iam abrir tasquinhas todas diferentes umas das outras, inclusivamente que haveria uma tasquinha do Chef onde os clientes trariam o peixe (comprado fresquinho na banca do peixe) e que o Chef cozinharia na hora.

Eu esperei e ansiei, na expectativa de ver nascer um Mercado San Miguel em Lisboa, de ver a praça encher-se de vida e de petiscos. O dia finalmente chegou, foi ontem que as portas se abriram...o resultado superou todas as expectativas!

Tasquinhas de madeira e ferro, iluminadas amareladamente por candeeiros pendentes, mostram orgulhosamente as suas especialidades a quem passa. E passou muita gente, que o mercado estava um autêntico frenesim. Assim que entro vejo a Marisqueira dispondo orgulhosamente as suas ostras, camarões e outras conchas, no fundo preto destacava-se o prego – que vi bastantes passar de aspecto delicioso. Do lado oposto, o Talho, onde sobre o balcão se cortava um crocante entrecosto, na parede o modelo anatómico da bela vaquinha.

 

 

Contornámos a praça central, quente de pessoas e dos aquecedores que conferem uma temperatura agradável ao amplo espaço. Passei pelas empadas do Chef – sim essas mesmo!, pelos hamburgueres, pelo tal Chef do Mercado, até que fiz a primeira paragem no Japonês. Começámos por dois nigiris e dois uramakis, a destacar o uramaki de salmão e abacate, maravilhoso!

 

 

Mais uma volta, passámos pelo café, pelo americano e estacamos hipnotizados pela Charcutaria Lisboa, pelos presuntos suspensos e alinhados, presuntos reserva – na minha ignorância nem imaginava que tal classificação se aplicava a este alimento. Na banca alinham-se os pães caseiros com presunto ou queijo da serra sobre as tradicionais tábuas de madeira. Seguem-se as tábuas, a tábua de Lisboa e a tábua de Campo de Ourique. Fomos para a segunda em que o tema são os enchidos de porco preto alimentado a bolota: o presunto cortado à mão, o lombo e o chouriço, e os queijos DOP. Para completar azeite e pão! Passámos pela garrafeira pedimos um Herdade do Peso tinto. Sentámo-nos na praça central, estrategicamente posicionados ao lado do aquecedor e desfrutámos dos maravilhosos enchidos que se derretiam na boca de tão suaves que eram. O queijo picante e o queijo de Nisa deram uma valente luta com a sua intensidade e sabor surpreendentes, obrigaram à companhia do vinho tinto.

 

Para quem quiser sobremesa ainda havia uma gelataria tradicional.

O melhor de tudo é que as bancas tradicionais foram mantidas, conservando a vida da praça durante o dia, e se os comerciantes assim quiserem, podem mesmo abrir pela noite a dentro. A Senhora da fruta lá estava a participar da inauguração. Conseguiu-se o melhor de dois mundos :)

A experiência foi girissíma, certamente para repetir até perder a conta...até porque há promessas de haver animação, quem sabe concertos...

 

Ideal para: petiscos ao almoço e ao jantar, compras

Com: quem quiser

Comes & bebes: petiscos variados do português ao americano ou japonês

Mood: convívio na praça

Coordenadas: Campo de Ourique

 

Mercado de Campo de Ourique

Rua Coelho da Rocha

1350-075 Lisboa

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horário: Domingo a Quarta das 10h às 23h / Quinta a Sábado das 10h à 01h

 

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